As novas perspectivas do plástico, ensaio finalista do Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco 2021, traz à tona a onipresença do plástico em meio a chamada cultura do descartável, que transformou este material em uma tendência. Diante de uma economia capitalista, os produtos descartáveis passam a se destacar como símbolo de um estilo de vida moderna em que adquire-se de forma rápida e consome-se de forma fácil. Enquanto tendência, a demanda por plásticos cresceu e os problemas com relação ao seu descarte tornaram-se presentes surgindo a crença na reciclagem como uma possível solução. Apesar de impulsionar a economia global, o consumo e a produção causam danos à saúde do planeta através do uso não sustentável dos recursos naturais. Apresentando-se como um problema caro e destrutivo, plásticos de uso único são descartados a uma velocidade que a natureza não consegue absorver e, segundo especialistas, esta poluição nos ecossistemas da Terra torna-se cada vez mais crescente e pode triplicar até 2040. A incerteza sobre a quantidade desse material depositado nos mares leva estudiosos a acreditarem que 11 milhões de toneladas de resíduos plásticos alcancem o oceano anualmente, podendo haver em 2050 mais plásticos no mar do que peixes. A poluição plástica é apresentada por especialistas como o novo câncer do oceano, com seu início em terra através de sua produção, consumo e descarte, representando, aproximadamente, 80% dos plásticos encontrados nos mares. O plástico persiste trazendo efeitos adversos para a natureza e para a humanidade.