A sociedade do consumo diante da cultura do descartável leva-nos ao encontro da invisível onipresença do plástico. Apesar do teor contraditório, esta afirmativa mostra-nos como o plástico transformou-se em uma tendência, resistindo e persistindo devido ao interesse econômico, já que o próprio "capitalismo gera um impulso de morte paradoxal", de acordo com Byung-Chul Han, levando "a vida a morte para que a vida viva". E diante desta dissonância, nossas práticas, enquanto atores sociais, conduzem-nos a adquirir de forma rápida e consumir de forma fácil como símbolo de uma vida moderna, impulsionando-nos ao ato de nos enterrarmos vivos em busca da sobrevivência. Esta dita "sobrevivência" transforma o plástico em um problema caro e destrutivo, descartado e desprezado a uma velocidade que a natureza não consegue absorver. E diante deste cenário, vivemos narrativas paradoxais, que geram sombras sobre as luzes na incerteza crescente sobre qual caminho seguir.