Meu corpo: paisagens íntimas do meu território.
Eu vivi uma trajetória de culto ao corpo atleta. Exerci profissionalmente a carreira de bailarina por mais de 20 anos e o virtuoso sempre escapou ao orgânico, ao potente. O corpo para dançar precisava ser muito, precisava ser hábil, técnico, com a capacidade de ser suave e explosivo, de saltar e sussurrar.
O tempo é inimigo da carreira do bailarino, assim dizem. Nesse trabalho não tempo. Há minha suspensão. Meu carinho com as minhas incontáveis e íntimas paisagens.